TEORIA DAS ELITES - PARTE II - INFERÊNCIA GERAL A RESPEITO DA CONJUNTURA POLÍTICA EM RIBEIRÃO PIRES À LUZ DA TEORIA DAS ELITES

 


CIRCULAÇÃO DAS ELITES, SEGUNDO PARETO


Olá !

Esta é a segunda parte do texto a respeito da tentativa de aplicação dos conceitos da TEORIA DAS ELITES à dinâmica política de Ribeirão Pires. Na primeira parte, tratamos das bases teóricas e agora, trataremos de fazer algumas inferências, tomadas a partir da observação empírica.

Boa leitura !

Parece evidente a solidariedade interna e a coesão dentro dos círculos de mando na escola, em que os principais disputantes ao Poder Executivo evitam atacar – se , atuando no mesmo grupo num passado não tão distante.

Ainda que, de forma difusa ( como acontece no plano da chamada REALIDADE ) é possível perceber uma disputa entre as frações da elite econômica e a elite política , esta última querendo perpetuar – se.

Com o envelhecimento / morte de lideranças econômicas e políticas, além do abandono por da arena política por parte de algumas famílias tradicionais, fez- se necessário um tempo para a acomodação no campo intra-elitista. Neste contexto, foi necessário “importar” uma liderança “exótica” , para impedir um possível vácuo de poder que poderia se preenchido por outro grupo. No entanto, acomodados os interesses, o substituto pôde ser dispensado.

No chamado “campo progressista” , também verifica – se essa burocratização / elitização dentro dos partidos que o compõe, com o envelhecimento do “quadros históricos” e das famílias que por bastante tempo ocuparam cargos diretivos nos mesmos, sem que novas lideranças tenham surgido para substituí – los, ocorrendo até o inesperado falecimento de um militante em ascensão. Tal grupo, neste momento, para não reduzir ainda mais sua participação nos destinos políticos da cidade, vêm cogitando alterar o quadro sucessório, “ressuscitando” uma antiga cabeça de chapa.

Fechando estas inferências e, escapando da terminologia dos teóricos clássicos das elites, já enveredando para o campo da análise de GRAMSCI, parece estar em curso um processo de cooptação de formadores médios de opinião pelos dois lados das elites acima citados ( econômicas e políticas ), através da consagração da figura dos “intelectuais orgânicos” para garantir a “oxigenação” e a circulação das elites, mesmo que seja num processo de “estar com eles” , mesmo sem “ser um deles”.

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