UNIDADES DE VIZINHANÇA ALTERNATIVA PARA O PLANEJAMENTO URBANO EM RIBEIRÃO PIRES

 A unidade de vizinhança é baseada no pressuposto que os equipamentos urbanos devem estar próximos às habitações e estas não devem ser interrompidas por vias de trânsito de passagem, priorizando o acesso aos equipamentos urbanos, preservando a vida comunitária e dando segurança às pessoas que ali transitam.

A figura 1 ilustra o primeiro modelo de unidade de vizinhança, apresentado por Clarence A. Perry em 1929 e utilizado na urbanização da cidade de New York.

Figura 01

Planejamento na cidade de New York 1929 – Clarence Perry

 

A Unidade de vizinhança segue as seguintes características:

• A unidade pode ser considerada tanto uma peça de um conjunto maior (outras unidades) quanto uma unidade distinta em si mesma;
• A unidade deve conter escolas primárias, pequenos parques, comércios pertinentes e ambientes residenciais que são facilidades locais e voltadas à referida unidade;
• O limite de população de uma unidade seria em torno de 5.000 habitantes (padronizado em função da necessidade de funcionamento de uma escola primária);
• Vias suficientemente largas devem demarcar os limites da unidade, facilitando assim, o serviço de passagem na mesma.

 

Analisando as características apresentadas na unidade de vizinhança, é possível perceber que inúmeras cidades utilizaram este conceito na criação e atualização do desenho urbano. Um exemplo nacional trata-se da cidade de Brasília, capital federal do país.

A Figura 2 representa a união de quatro unidades habitacionais planejadas nas asas do plano piloto de Brasília. Na figura é possível visualizar a posição das unidades habitacionais em relação as áreas de comércio, escola, parque, igreja lazer/cultura e saúde. Tal disposição dos serviços possibilita que a população residencial tenha acesso aos mesmos sem que haja a necessidade de grandes deslocamentos.

Figura 02

Brasília: unidade de vizinhança

 

Exemplos de utilização do conceito de unidade de vizinhança estão espalhados por diversas cidade, dentro e fora do Brasil, de modo que ajudaram a modular e direcionar nossa forma de ver o ambiente em que vivemos.